segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Dilema Moral

A moralidade parece preocupar-se com três pontos: Em primeiro lugar, com um jogo limpo e a harmonia entre os indivíduos. Em segundo lugar, com o que pode ser chamado de "arrumação e harmonização" das coisas dentro de cada indivíduo. Em terceiro, como propósito geral da vida humana (com o que o homem foi criado para ser): que rumo dar à frota toda; que peça o maestro deseja que a banda execute.

Praticamente todo mundo em todos os tempos concorda (em tese) que os seres humanos devem ser honestos, gentis e dispostos a ajudar uns aos outros. Mas embora seja natural começarmos assim, se o nosso pensamento sobre moralidade parar por aí, é a mesma coisa de não termos pensado nada. A menos que avancemos para o segundo ponto - a arrumação interior de cada ser humano -, estamos apenas nos enganando.

Qual a vantagem de dizer aos navios como eles devem navegar para evitar colisões se, na verdade, eles não passarem de banheiras velhas, que nem sequer tem como ser dirigidas? Qual a vantagem de estabelecer regras de comportamento social no papel se sabemos que nossa ambição , nossa covardia, nosso mau humor e nosso egoísmo nos impedirão de observa-la?
Não quero dizer, em momento algum, que não devemos pensar seriamente sobre as maneiras de melhorar o nosso sistema social e econômico. O que quero dizer é que toda essa reflexão nada valerá se não percebemos que não há nada, a não ser a coragem e o altruísmo dos indivíduos, que faça um sistema funcionar de forma mais apropriada. É fácil demais acabar com certos tipos de suborno ou ameaça que ocorrem no sistema atual. Mas enquanto os homens forem enganadores, os seres humanos sempre encontrarão alguma forma de de dar continuidade ao velho jogo sob um novo sistema. Não se pode tornar o ser humano bom por decreto: e sem pessoas boas não se pode ter uma sociedade boa.

- De Mere Christianity.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Da gente que eu gosto

Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas mas sabe o que tem a fazer e que faz. Dagente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderem da sua própria realidade.

Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.

Gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas maõs e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.
Eu gosto de gente capaz de me criticar construtivamente e de frente. De gente que tem tato.

Gosto da gente que tem senso de justiça.
A estes chamo de meus amigos.

Me gosta a gente que sabe a importância da alegria e a pratica.
Da gente que por meio de piadas nos ensina a conseber a vida com humor.
Da gente que nunca deixa de ser animada.

Gosto de gente que nos contagia com a sua energia.
Gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
Gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias.

Me encanta a gente de critérios, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo.
De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a comete-los.

Da gente que luta contra a adversidade.
Gosto de gente que busca solução.

Mário Beneditti.